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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ethernyti - Sob o domínio das sombras

O último ato do Apocalipse tem o seu início seis meses após a Batalha da Fortaleza da Montanha, quando Lúcifer, em sua sede de vingança contra os anjos, descobre a localização do verdadeiro Cofre da Morte e, respaldado pelo seu novo exército, parte para resgatá-lo. Porém, em seu caminho encontram-se mais uma vez os Guerreiros da Luz.
Thomas e os Escolhidos da Profecia, auxiliados pelos anjos, cruzam o planeta de ponta a ponta, do México ao Egito, sem medir esforços na tentativa de detê-lo. Todavia, algo acaba dando errado e os demons se apossam do terrível “Vírus D”, iniciando, enfim, o profetizado evento do “Armagedon”.
Uma a uma, as maiores metrópoles européias são arrasadas e suas populações dizimadas no pior massacre da História.
A raça humana passa a correr perigo, ficando por um fio da extinção total. Sua única e derradeira esperança repousa agora nos Guerreiros da Luz e nos destemidos anjos de Ethernyt. Mas serão eles realmente capazes de deter o “Fim dos Tempos”?
Muita ação, suspense e aventura em uma história repleta de temas polêmicos que vão desde a origem do homem, os grandes mistérios da antiguidade e o advento das religiões, até a existência de vida extraterrena, culminando em uma visão sombria sobre o destino da humanidade...

Site:http://www.ethernyt.com

Ethernyt - A guerra dos Anjos


Quando o agente especial Rafael Thomas aceita o encargo de investigar a morte de um proeminente diplomata estrangeiro em solo brasileiro, ele não imagina no que está se metendo. Aos poucos, a verdade vai surgindo e ele descobre que por trás daquele crime hediondo encontra-se uma poderosa seita de fanáticos, cuja ambição de seus membros é fazerem valer uma antiga profecia apocalíptica e, com isso, provocarem o Armagedon Bíblico.
Começa então, uma incrível caçada pelos quatro cantos do globo, onde Thomas e os Escolhidos acabam envolvendo-se com sociedades secretas milenares, mistérios e enigmas, assassinatos, perseguições, tiroteios e batalhas épicas de tirarem o fôlego. Até se depararem com uma terrível revelação: Anjos e Demônios existem e estão prestes a destruírem a Terra na batalha definitiva entre o Bem e o Mal
Muita ação, suspense e aventura em uma história repleta de temas polêmicos, que vão desde a origem da Raça Humana, os grandes mistérios da antiguidade e o advento das religiões, até a existência de vida extraterrena, culminando numa visão sombria sobre o destino da humanidade...


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tarde demais pra correr


O Chevrolet S-10 de Silas Vilanova voava baixo pela BR-116. Eram 23h00min
- Ei, o que você tá fazendo?
- O que lhe parece?
- Aqui na estrada não. Eu posso bater e a gente não vai conseguir fazer o que a gente quer.
- Duvido – disse ela abrindo o zíper da calça de Silas
- Ei...
- Não vai doer. Eu não vou morder, relaxa.
Carol trabalhava duro em Silas quando ouviu uma sirene. Dois quilômetros antes haviam passado zunindo por um posto da policia rodoviária e estragando o sossego de um dos policiais que tomava seu café com creme. A viatura os seguiu por um quilometro antes de entrarem na sua frente obrigando Silas a pisar forte no freio. Com a freada, a mulher foi jogada para frente. A maldita inércia fez com que ela batesse no painel e, sabe-se lá Deus, parasse nos pés de Silas.
Já Silas, sabia que estava ferrado. Era menor. Não tinha habilitação para dirigir e para completar a cara do policial rodoviário não era das melhores. Principalmente depois de tê-lo visto com as calça arriada.
- Por sua causa, acabei derrubando meu café co creme.
O que veio depois foi uma sucessão de explosões furiosas em forma de perguntas. Após descobrir que ele não tinha habilitação para dirigir, o policial voltou sua raiva para Carol. Ele lhe fez outras dezenas de perguntas até se convencer de que realmente ela não era uma prostituta e sim uma professora de Historia do conceituado colégio Santa Madalena. Para completar a merda, quando ele descobriu de quem ele era filho, deu uma sugestão para que todos ficassem limpos na história.
- Vocês querem dinheiro?
- Não. Queremos fazer uma festa particular com ela.
Carol ficou furiosa.
- Vão pro inferno seus policiais de merda!
- Vamos deixar os dois pensando no assunto por um tempo. Temos a noite toda.
Depois de analisarem todas as possibilidades, Silas e Carol não tiveram alternativa senão aceitar.
- Ok. Aonde vai ser? – perguntou Carol.
Os policiais olharam uma para o outro e o que parecia estar no comando respondeu.
- A gente sabe onde. Entrem na viatura.
- E o meu carro? – perguntou Carol
- Meu colega, vai dirigindo.
Eles seguiram pela BR-116 até tomarem uma estrada de terra. Rodaram por uns vinte minutos mais ou menos. A caminhonete atrás e a viatura na frente. Chegaram até um lugar bem afastado da rodovia e pararam próximo a uma cabana. Deviam estar em algum lugar entre algum lugar e lugar nenhum, deduziu Carol.
Os quatro saíram do carro. Só não havia o breu total por causa da luz opaca da Lua e do brilho dos faróis.
- Vamos levar o garoto pra dentro? - perguntou o policial mais quieto.
- Não. Vamos deixá-lo algemado na caminhonete.
Silas pensou até em resistir, porém achou prudente não fazer nada. Deixaram-no dentro do carro preso ao volante. O policial mais durão foi quem o prendeu e ainda quis tirar um sarro dele.
- Não vá muito longe, garotão.
Sobre a luz fraca da Lua, ele pode ver os três desaparecerem dentro da pequena cabana. Droga. Era para ele estar numa hora daquelas se divertindo com sua professora, não aqueles dois filhos da puta. Por um instante, Silas pensou se ela não estaria gostando e uma breve ereção começou a acontecer quando ele ouviu um grito agudo e disparos das armas. Aquilo fez todos os sentidos de Silas ficarem em alerta.
- Mas que diabos ta acontecendo lá dentro?
Depois dos disparos ouviu barulhos dentro da cabana e os gritos pavorosos. Sentiu o medo tomar contar de seu corpo através de um arrepio que fez os pelos de seu corpo se ouriçar. Alguma merda estava acontecendo dentro da cabana e ele preso na porra da S-10 e a única coisa que ele pensava em fazer era salvar a sua pele. Então ele começou a forçar as algemas. Nada. Óbvio. Foi quando percebeu as chaves na ignição e tentou alcançá-las, mas não conseguiu. Na cabana os gritos haviam cessado e isso significava uma coisa: morte. De repente, como por ordem dos deuses do terror, as nuvens no céu começaram a cobrir a Lua envolvendo no breu todo o lugar. Sem tirar os olhos do borrão sinistro que acabana havia se tornado, Silas escutava apenas sua respiração esperando pelo pior. Quando percebeu um vulto vindo na direção da S-10, seu coração disparou. Tentou se livrar mais uma vez das algemas empregando toda a força que tinha puxando o mais forte que podia. Ficou aliviado ao conseguir distinguir naquela escuridão a silhueta de uma mulher. Era Carol. Mas como? Perplexo, começou a rir e a chorar apoiando a cabeça no volante. A mistura das emoções, no entanto, não o fizeram perceber quando ela parou ao lado da janela e ficou olhando para ele por segundos. Foi tudo muito rápido. Primeiro veio a explosão e milhares de vidros espalhados pelo espaço. Mãos poderosas arrancaram Silas de dentro da picape deixando preso ao volante seus braços junto com as algemas. O urro que ele deu ecoou por todo o descampado e ele quase desmaiou de dor. Se ele tivesse visto no breu absoluto a criatura que envolvia a cabeça de Carol, iria perceber que ela tinha a forma de um neurônio. Se ele pudesse ver no breu absoluto, perceberia que ele estava indo parar no fundo de um lago. Se ele pudesse ver no breu absoluto, perceberia que havia mais dez como aquela criatura. Se pudesse ver no breu absoluto, saberia como é estar morto.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ASSALTO MACABRO


- Vamos esperar as luzes debaixo se apagarem – disse o homem sentado ao volante.
- Detesto esperar. Por que diabos a gente não entra lá e acaba com essa história de uma vez, Magno?
- Paciência, meu irmão. Não quero morte.
  Havia uma brisa vinda direto do cais. Alguns carros passavam pela rua, mas ninguém percebeu o pointer estacionado próximo à calçada. Os irmãos não sabiam fazer outra coisa na vida.
- Detesto esperar – repetiu Dario.
Magno acendeu um cigarro e deu uma tragada profunda; estava com os olhos pregados na luz que vinha do primeiro andar da casa. Dario não fumava. Preferia mascar chicletes para relaxar. Resolveu ligar o radio nas clássicas. Dvorák. Sinfonia nº. 9 em Mi menor, “O novo mundo”. Largo.
- Nossa, Dario como você consegue ouvir essa droga?
- Não quero ser um negro burro.
- E desde quando você fica mais esperto ouvindo isso?
- Não enche cara.
As luzes no primeiro andar foram apagadas. Ambos viram acender a luz do quarto no segundo. Esperaram cerca de meia hora.
- Vamos.
- Como a gente vai entrar lá, Magno?
- Com isso. – disse ele tirando um molho de chaves do bolso.
- Caramba como você arranjou isso?
- Se você fosse mais esperto saberia que a empregada freqüenta a Dancing, seu idiota.
Foi fácil entrar. Usando a chave, Magno abriu o portão da frente e sabia que o melhor acesso à casa seria pela cozinha e não pela porta da frente, pois tinha pendurado nela os sinos de vento e o barulho poderia despertar a tenção do morador. Não havia cães na casa. Magno fez questão de se certificar bem com a empregada. Às vezes alguns médicos têm certas excentricidades.
Entraram sem fazer barulho. Acenderam suas mini-lanternas e começaram a vasculhar a casa.
- Tome cuidado para não derrubar nada – disse Magno para o irmão.
Ambos levavam dois sacos de poliéster suficientemente forte para agüentar o que iram levar. Vasculharam a sala e roubaram algumas peças de arte.
- A peça da encomenda deve estar lá no segundo andar. Vamos subir.
Subiram as escadas e encontraram no topo um corredor que levava para os quartos do segundo andar. Entraram num dos quartos indicados pela empregada e levaram alguns objetos de valor.
- Já temos o bastante. Vamos embora.
- Só objetos de arte? Eu preciso de grana viva, Magno.
- Você vai ter a sua grana se fizer o que eu disser.
- Vim pra cá pensando que a gente ia pegar uma grana na mão.
- Olha aqui, Dario se o Martin não tivesse quebrado a perna você não estaria aqui comigo. A gente não rouba grana. Se você quiser grana começa a roubar bancos entendeu? Mas como eu sei do tamanho da tua coragem, acho difícil isso acontecer. Então faz o que eu tô mandando de uma vez. Depois os caras que vão comprar essas peças pagam muito bem.
- Tá legal.
Estavam chegando ao último degrau quando algo chamou a atenção de Dario.
- Espera.
- O que foi agora?
- Tá ouvindo?
Magno parou e tentou prestar atenção.
- Não escuto nada, cara.
- Vem lá de cima.
- Vamos embora.
- Isso aí é Tchaikovsky.
- Quem?
- Música, cara. Preciso pegar esse disco pra mim.
Magno seu irmão até o quarto no fim do corredor. Achou estranho porque não ouvia música alguma. Dario foi em direção ao quarto como que se estivesse hipnotizado. Uma sensação estranha tomou conta de Magno que tentou trazer o irmão de volta em vão.
- Vem daqui, Dario.
- Melhor a gente cair fora.
- Cara, tu não ouve nada mesmo.
De repente uma luz surgiu por de trás da porta. Dario tocou na maceta. Estava quente, mas não o suficiente para queimar sua mão. Magno ficou mais atrás. Não via a luz. Ao abrir a porta Dario foi envolvido pela luz e sugado para dentro do quarto. Desesperado, Magno tentou abrir a porta em vão. Para aumentar seu desespero, seu irmão começou a gritar. Gritos horrorosos de desespero. Àquela altura se o medico acordasse na faria a menor diferença para ele. Passou a socar a porta. Nada. Houve batidas violentas na porta pelo lado de dentro. Parecia que jogavam o corpo de seu irmão.
Magno não queria o mesmo destino. Desceu as escadas tropeçando nas coisas pelo caminho envolvido pelos gritos de pavor de seu irmão. Ao chegar à porta da cozinha acabou se atrapalhando com as chaves. Devido ao nervosismo, havia esquecido que a porta já estava aberta e ficou tentando abri-la. Quando procurava a chave certa, levou uma pancada na cabeça que o fez tombar deixando-o tonto o suficiente para ficar inativo. Depois desmaiou.
Acordou e percebeu que estava sendo arrastado por uma das pernas por alguém. Estava sendo levado para algum ponto da casa. Pelo percurso, levantou um pouco a cabeça e tentou falar alguma coisa, porém o torpor era mais forte e o que saiu de sua boca foi algo mais parecido com um grunhido. Contudo, conseguiu reparar que um homem o arrastava com uma das mãos e que na outra segurava alguma coisa.
A casa ainda estava um pouco escura, mas não o suficiente para ele perceber que na outra ele segurava algo do tamanho de uma bola de futebol. Por sorte, passou por uma janela e os faróis de um carro que passava na rua iluminaram momentaneamente o interior da casa, tempo suficiente para ele notar que a bola de futebol era a na verdade a cabeça de Dario. Então percebeu que a noite iria ser mais longa do que ele poderia ter imaginado.