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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Seu direito só começa quando acaba o do outro e vice versa



Todo final de ano é a mesma coisa. Próximo às festas, aliás. Bem não estou aqui para defender a pirataria, tampouco levantar bandeira para defender os direitos civis. Porém é de se questionar a conduta da polícia, da justiça e das empresas que entraram com ações para fazer a “batida” na Galeria Pagé em São Paulo nessa época do ano. Não é conveniente? Veja só. Provavelmente você deve ter visto as reportagens na televisão. Eu vi. Achei engraçado um policial militar em frente a uma prateleira e tirando produtos específicos. Somente os piratas específicos. Beleza! O planeta Terra inteiro sabe que 99% dos produtos são piratas e uma semana antes do Natal eles resolvem agir sobre uma situação que acontece o ano todo. Ok. Outra coisa. Ninguém diz para onde vão os produtos. D. é um policial civil. Corretíssimo, e amigo de longa data aqui em Porto Alegre. Ele já participou de várias “batidas” num centro popular da cidade e cansou de ver colegas separando eletrônicos para presentear os amigos e familiares. Levando esse exemplo, dá para se deduzir o que acontece depois dessas batidas.
Todos nós temos um grau de hipocrisia de certa forma, e ficar remoendo isso aqui não é o propósito, mas não podemos esquecer que a pirataria em si é o resultado dos desejos (i)lícitos de outros. Então uma mão lava a outra. Rá,rá,rá. Lembra dos primórdios da revolução industrial? De uma olhada com calma o local de fabricação daquele seu produto eletrônico “oficial”, provavelmente vai estar escrito Made in China, Made in Korea ou “Made in Qualquer lugar da Ásia’’. Parecido não? O que eu quero dizer é que independentemente de ser oficial ou não, alguém vai estar se dando mal. Literalmente.

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