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domingo, 17 de janeiro de 2010

O BAILE DE MÁSCARAS







Lino e Jenna se preparavam para sair na primeira noite de carnaval de suas vidas como marido e mulher. Porem quando se preparavam para deixar sua casa. Jenna começou a passar mal.
- O que você tem Jenna?
- Não sei. Estou meio tonta. Acho que é a pressão.
- Desde quando você tem problema de pressão:
- Minha mãe tem problema de pressão baixa.
- Consegue andar?
- Vamos para o sofá. O que você quer que eu faça?
- Já vai passar. Me trás um pouco de sal.
Lino foi a até a cozinha trouxe um pouco de sal na palma da mão, deu para esposa e esperou. Minutos depois ela já estava um pouco melhor.
- Bom, acho melhor a gente tirar essas fantasias e assistir o desfile das escolas pela televisão.
- De jeito nenhum. Acho que você deve ir.
Lino colocou a mão no queixo pensativo, depois disse:
- Não seria justo eu lá me divertindo e você em casa.
- Não seria justo para você que não tira férias há dois anos e que no ultimo carnaval ficou comigo no hospital por causa do papai.
- Mas. . .
- Sem, mas. Vai se divertir. Os teus amigos estarão lá. O Douglas, o Henrique e o Patric.
- Todos solteiros por sinal.
- Eu confio em você vestido nessa roupa de Romeo, amor.
O casamento é como investir na bolsa de valores. É um risco a longo prazo. Você investe trinta por cento do seu capital e deixa os outros setenta para segurar a sua barra e quase acaba se arrebentado. Jenna investiu trinta por cento de sua confiança em Lino. Os outros setenta eram pura desconfiança.
Ela esperou por uma hora e saiu. Foi direto para o baile, queria ver se o marido valia o risco. Quando chegou ao baile foi procurá-lo. No meio daquela gente toda conseguiu avista-lo dançando e beijando uma mulher exuberante. O sangue subiu-lhe à cabeça, mas soube se conter. Ela foi se esgueirando até chegar nele torcendo para que ele não se lembrasse de sua fantasia. Era uma boa oportunidade para testá-lo de verdade. Afinal o que era um beijo numa mulher estranha? Era muito pouco para considerar aquilo uma tração. A coisa tinha que evoluir. Jenna chegou perto de ambos e começou e se insinuar para ele. Ela tinha o jeito. Ele deixou a mulher e foi dançar com ela. Como previsto ele não a reconheceu. Quando ela percebeu, estavam os dois num canto escuro do salão. Fizeram amor ali mesmo. Jenna deixou acontecer, afinal sabia bem do que o marido gostava. Quando terminaram não disseram nada. Ele foi pegar uma bebida para os dois e ela foi para casa e ficou esperando-o a noite inteira.
Por volta das 06h00min da manhã Lino chegou em casa. Jenna o esperava lendo um livro no sofá. Ela havia preparado todo o repertório de impropérios. Só queria ouvir da boca dele o que ele tinha a dizer. Queria ouvir qual era desculpa esfarrapada para contar para as amigas.
- Então como foi o baile?
- Chato.
- Chato?
- É, chato.
- Não se divertiu?
- Claro que não. Você não estava lá.
- Não dançou e não beijou ninguém?!
- Nadica.
- Tampouco dançou?!Conta outra, cara.
Jenna não podia acreditar no cara-de-pau do marido. Todo homem é igual, ela pensou, e toda aquela história toda.
- Acho que você está mentindo.
- Está bem, não consigo mentir para você, amor.
Ah, a verdade enfim, pensou ela.
- Encontrei o Douglas e o Patric na festa, mas não ficamos lá. Fomos para o apartamento do Henrique. Ficamos jogando pôquer a noite toda. Jogamos valendo dinheiro. Eu sei que você não gosta. Lembra daquela vez na casa do Antony? Bem, é isso?
Ela até então não havia dado falta da fantasia.
- Onde está a fantasia?
- Emprestei para o louco do Henrique, na metade do jogo ele ficou muito puto. Perdeu uma bela grana. Ficou tão puto da vida que acabou indo para o baile. Emprestei a fantasia para ele. Pelo menos ele se deu melhor. Bem, você sabe como ele é louco. Ele acabou fazendo sexo com uma louca num canto escuro do salão. Bem ao seu estilo, aliás.




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